28.12.05

Vida: fugaz?



É instigante como na vida a efemeridade é controlada por nós. Inconscientemente, mas é.
Há alguns anos você conheceu pessoas, e elas se tornaram importantes. E nesse intervalo de tempo tudo parece ser infinito. Tudo parece que não vai passar, e que os laços nunca irão romper. Mas eis que de repente tudo se transforma, as pessoas, os lugares, as roupas, as ações, os sentimentos. E simplesmente ficamos presos neste ciclo, em que se está sempre conhecendo, amando, rompendo, lembrando e esquecendo.
O universo, o mundo, o país, a cidade. É tudo tão grande. Somos apenas detalhes ínfimos, desprezíveis diante de toda essa imensidão. Só nos tornamos alguém quando fazemos a diferença. Quando repentinamente viramos as costas para as convenções. Para os ciclos. Aí sim, teremos posse da verdadeira liberdade. Ir além dos nossos próprios limites para enxergar a existência, para fazer deste um mundo melhor para se viver, como abelhas que constróem juntas a sua colméia, um ilustre castelo.
Sendo assim, alcançada a liberdade, o ciclo se rompe, e as pessoas permanecerão, não serão esquecidas nem modificadas.