5.8.06

Todos somos um


02:47 da manhã: uma bela insônia.
bem, vamos escrever pra ver se o sono chega!

Freud dizia que, quando bebê, o ser humano não consegue distinguir o que "é ele" e o que "é a mãe". Ou seja, o bebê não tem noção espacial e acha que a mãe faz parte dele, que ele e a mãe são um só.
Um dos grandes problemas da modernidade é o individualismo, gerado pelo plano econômico capitalista. As pessoas estão cada vez mais centradas em si, no corpo, na carreira profissional, nos bens, compras e tantas outras futilidades. O sentimento de coletividade deu lugar a sonhos egoístas, competitividade extrema e ao consumismo. Ah, que fique bem entendido que individualidade é diferente de individualismo. Individualidade é o direito do homem como indivíduo de exercer sua personalidade, isto é, manter em si a essência do seu "eu" (se é que existe um "eu"); e individualismo é relativo à anteposição dos interesses individuais aos coletivos: egoísmo, egocentrismo.
Talvez o mundo fosse melhor se o sentimento de "fusão" dos bebês permanecessem em nós. Porque a partir do momento em que eu concebo a idéia de que todos fazem parte de mim, sentirei-me responsável pelo mundo! Afinal, ninguém prejudicaria a si mesmo, não é verdade?
Poderíamos todos "sermos um", mas sem perder a individualidade, mantendo em nós o que nos é precioso, para transmitirmos mutuamente o conhecimento existencial que nos é inerente.

esse assunto me deixou mais sem sono ainda!