26.4.07

Mudanças



Por mais que você se considere pobre, você faz parte da classe dominante. Só o fato de usufruir da internet em casa já te ''condena''.
Os brasileiros que têm renda per capita acima de 600 reais estão incluídos no grupo de ricos do país, que representam 5% da população.
Vive-se na sociedade do consumo, a sociedade do espetáculo! A mídia oferece, você compra. Criam-se valores deturpados, novas necessidades. A mocinha bonitinha precisa "URGENTEMENTE" comprar uma bolsa nova (daquela determinada marca que as amigas têm). O menino que está no semáforo implorando para limpar o vidro do seu carro precisa URGENTEMENTE de dinheiro para comer (ou para comprar entorpecentes, que aliviam a fome por mais tempo).
A desigualdade é extremista. Enquanto as necessidades da classe dominante são meramente mercadológicas, comprar o último produto, a mais nova tecnologia; as necessidades da classe menos favorecida são as básicas de sobrevivência: alimento, moradia.
A sociedade é feita de pessoas! E são essas que podem modificá-la! Mas aí alguém vai me dizer "ah, mas isso é uma medida de longo prazo", "e eu sozinho vou fazer o quê?"
A mudança é uma longa caminhada... mas um passo a frente e já não estamos mais no mesmo lugar. Pode parecer utopia, mas a partir do momento que você vê as injustiças, percebe o sistema excludente em que se vive e entende que a vida e os seres humanos valem mais do que leis mercadológicas, pode-se dizer que a revolução já começou.


"Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente

Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doeça sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro"

(Gabriel Pensador)