19.7.06

A metade da laranja

A nossa sociedade nos induz a sermos "pessoinhas" felizes com nossos pares românticos perfeitos. É o namorado lindo, forte, rico, inteligente e sorridente; a namorada boazuda e...bem, para as mulheres o requisito fundamental é ter fartura em alguns de seus atributos físicos. Esses companheiros "indispensáveis", os quais se passa boa parte da vida procurando, nada mais são que belos "troféis", que são exibidos para uma majestosa roda de amigos e familiares. Será que é necessário? será que vale a pena se sentir inferior por causa desta máscara? dessa superficialidade?
Creio que seja essencial as relações humanas. Quanto mais interagimos com um maior número de pessoas, mais crescemos, evoluímos. Mas isso deve acontecer naturalmente; os amores, amigos, sentimentos e sensações devem fluir. Não saia desesperado de casa pra "caçar" depois de ver um comercial de margarina na tv.


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"Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém"

(John Lennon)

2 comentários:

Anônimo disse...

a proposito...meu link ta errado ¬¬' tu botou blogpost!

Anônimo disse...

necessario verificar:)