
A Cultura manifesta-se de forma plural e cada indivíduo é produtor, tem potencial criativo de expressão. No entanto, a mídia ainda tem o poder de legitimação bastante expressivo no sentido de valorizar apenas a arte que segue determinados padrões estéticos, não aceitando novas formas de expressão e criação, contestação. Se há artistas que contestam e enfrentam o poder cultural dominante é porque certamente há o que ser contestado e há o que ser discutido, não se pode simplesmente generalizar os artistas de rua como vândalos ou ‘baderneiros’.
Portanto, faz-se necessária a valorização e o incentivo das produções alternativas, como nos últimos cinco anos está acontecendo, a Bienal que recebeu obras de grafiteiros, a poesia independente sendo legitimada. Mas estes ainda são apenas atos iniciais para romper com os paradigmas da produção artística. O artista deve ter o direito de expressar-se, e não ser taxado de criminoso por isso.
imagem: Hélio Oiticica